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Projeto de Formação Parental dos Profissionais da Atenção Primária em Saúde

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SAÚDE MENTAL NA PARENTALIDADE

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O Observatório da Parentalidade é um canal de formação e informação tanto para os profissionais de saúde quanto para as famílias, e pretende criar um espaço de diálogo e de trocas sobre a temática, a partir de uma perspectiva brasileira. É fruto de uma parceria estabelecida por Edital Público entre o Programa Escola da Família, vinculado ao Pacto Niterói Contra a Violência (Secretária de Segurança Pública do Município de Niterói) e o Projeto de Formação Parental dos Profissionais da Atenção Primária em Saúde, ministrado pela Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (FINATEC).

A parentalidade é um termo amplo, que sugere muitos significados e interpretações. De acordo com Houzel, a parentalidade é uma função que qualifica o laço de cuidado e afeto entre um adulto e uma criança, que permite a sua educação e seu desenvolvimento. Ao destacar o termo “função”, o autor referencia a parentalidade, indo além dos papéis de pai e mãe, ampliando a responsabilização e o cuidado das crianças para uma teia comunitária, pois é uma função que nem sempre e não necessariamente é exercida pelos genitores. Pensar a parentalidade é olhar para as condições – materiais, discursivas, históricas – para que uma nova geração se constitua.

Quem Somos

O contexto brasileiro exige de nós uma complexidade sobre os estudos parentais, como diz Vera Iconelli (2024): “num país de desigualdades gritantes como o Brasil, isso significa que teremos mulheres vivendo em condições diametralmente opostas: desde as que sobrevivem em aterros sanitários até as que viajam de helicóptero” (p.27). Em nosso território, é preciso que pensar a parentalidade é atravessada pelas questões sociais que nos constituem, como o racismo, o machismo, o crime organizado, a violência de Estado, a desigualdade social, e as famílias que não se encaixam no padrão europeu: papai-mamãe- bebê.

Os estudos sobre a parentalidade nos convidam a olhar para a complexidade das relações familiares e para uma ampliação de nosso entendimento de família – que podem ser monoparentais, homoafetivas, matrimoniais ou reconstituídas; o que requer o enfrentamento de novos desafios diante da moral social imposta, das problemáticas do racismo, do machismo, da desigualdade social e da violência intrafamiliar. Portanto, essa problemática exige uma constante atualização dos profissionais que atuam no campo da saúde, assim como a permanente aquisição de novas ferramentas e estratégias de intervenção.

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Neste sentido, o Observatório pretende divulgar publicamente pesquisas, informações e ferramentas para profissionais de saúde e para as famílias acerca das temáticas da parentalidade, violência comunitária, violência intrafamiliar, proteção da primeira infância e saúde mental da família. Diante de tal complexidade, preconiza-se que as discussões em parentalidade devem ser centradas em estudos e intervenções tanto de pesquisa, quanto de políticas públicas, para o vínculo entre adultos e crianças, sobretudo aquelas que nascem e se desenvolvem em situação de vulnerabilidade. Urge a necessidade de ampliação de apoio às parentalidades que estão em situação de rua, bem como àquelas afligidas pelas agruras das violências raciais e sociais, como as que vivem em contextos territoriais marcados por facções criminosas, milícias, tráfico de drogas, e precariedades laborais.

Esse espaço de conhecimento se nutre a partir das parcerias com as universidades dos pesquisadores envolvidos no Projeto de Formação Parental dos Profissionais da Atenção Primária em Saúde. Essa formação é vinculada ao projeto “Escola da Família: promovendo práticas parentais com afeto e sem violência”. A formação em parentalidade é uma vertente em saúde da política de segurança pública intitulada “Pacto Niterói Contra a Violência” da Prefeitura de Niterói, Rio de Janeiro. Esse programa contribui para a formação de profissionais da saúde que atuam com crianças e suas famílias, tendo como base a sensibilização desses profissionais para enfrentarem as complexidades da grave situação de violência que atinge as famílias da região. Ao término do processo formativo, os participantes estão capacitados para o desenvolvimento de atividades educativas concernente a intervenções parentais reflexivas com grupos educativos de formação parental, junto às mulheres gestantes (em acompanhamento no Pré-natal), pais e cuidadores. As participantes desse grupo interventivo recebem benefício financeiro como forma de seguridade social que possibilita a participação nos encontros parentais nos serviços de saúde.

A Formação Parental é composta por docentes e discentes das seguintes universidades: UFF, UNB, UERJ, UNIRIO e é vinculada a uma rede internacional de pesquisa sobre parentalidade e vulnerabilidade, composta por pesquisadores da Universidade de Rouen, da Universidade do Québec e da Universidade de Sherbrooke. Outras universidades também poderão se associar, tendo em vista a produção de artigos e livros. Nesta perspectiva, são desenvolvidas pesquisas por alunos de graduação, mestrado e doutorado vinculados aos Programas de Graduação e Pós-graduação das Universidades parceiras do observatório.


Iaconelli, Vera. (2024). Manifesto Antimaternalista. Zahar.


Houzel, D. (2004). As implicações da parentalidade. In: Solis-Ponton, L. (Org.). Ser pai, ser mãe. Parentalidade: um desafio para o terceiro milênio. São Paulo: Casa do Psicólogo.

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